A Universidade de Leuven, Bélgica, revela o mecanismo de controlar o nível de glicose com a estévia para tratar o diabetes
Pesquisadores da Universidade de Leuven, Bélgica (Ku Leuven), descobriram que o estriosídeo ativa uma proteína essencial para o nosso senso de sabor e está envolvido na liberação de insulina pós-refeição (IE ION Channel TRPM5). Este resultado fornece novas possibilidades para o tratamento do diabetes. Os resultados foram publicados on-line em 31 de março de 2017 no The Nature Communications Journal, intitulado "Os glicosídeos de Steviol aprimoram a função de células beta pancreáticas e a sensação de paladar pela potencialização da atividade do canal TRPM5".
Como substituto não calórico do açúcar, o extrato de estévia é muito popular. Pensa-se também que esse adoçante derivado da planta tenha um efeito positivo nos níveis de açúcar no sangue, mas ninguém entende o porquê. Agora, o Dr. Koenraad Philippaert e o professor Rudi Vennekens, do Departamento de Celular e Medicina Molecular da Universidade de Leuven, revelam os mecanismos subjacentes. O estudo foi realizado em colaboração com outros cientistas da Universidade de Leuven e pesquisadores da Universidade Católica Francesa de Leuven, na Bélgica e na Oxford University, no Reino Unido.
"Nossos experimentos confirmaram que o ingrediente ativo nos extratos de estévia: estévia (estriosídeo) e estévia (estéviol) ativa a atividade do canal de íons TRPM5", explica o Dr. Philippaert. Essas proteínas, chamadas canais de íons, são pequenas passagens através das quais pequenas partículas carregadas podem entrar e sair da célula. Esses canais de íons são responsáveis por muitos processos no corpo.